OBRAS
DE EMILIANO DI CAVALCANTI
MOLEQUE
A MENINA DO VESTIDO VERDE
ARLEQUIM
BAILE
CABEÇA DE MULATA
CASTELA
CIGANOS
COLOMBINA
FAMÍLIA
GAFIEIRA
GAFIEIRA
LEITURA
MADONA COM CRIANÇA
MATERNIDADE
MENINA COM GATO
MULHER COM CHÁPEU
MULHER COM POMBA
MULATA COM PÁSSARO
MULATA DE OLHOS VERDES
MULATA E GATO
MULATA POMBOS E PAISAGEM
MULATA
MULHER COM CHÁPEU
MULHER COM FRUTAS
MULHER E CORUJA
MULHER COM GATO
MULHERES E FLORES
MULHERES FLORES E ARARAS
NAVIO NEGREIRO
PESCADORES
PIERRETE
PIERROT
RETRATO DE MARIA
ROSTO DE MULHER
RUA DA BAHIA
SAMBA
SAMBA
Emiliano Di
Cavalcanti
Emiliano Di Cavalcanti nasceu em 1897, no Rio de Janeiro, na casa de José do Patrocínio,
que era casado com uma tia do futuro pintor. Quando seu pai morre em 1914, Di
obriga-se a trabalhar e faz ilustrações para a REVISTA FON FON.
Antes
que os trepidantes anos 20 se inaugurem vamos encontrá-lo estudando na
Faculdade de Direito.
Em
1917 transferindo-se para São Paulo ingressa na Faculdade de Direito do Largo
de São Francisco.
Segue
fazendo ilustrações e começa a pintar. O jovem Di Cavalcanti freqüenta o
atelier do impressionista George Elpons e torna-se amigo de Mário e Oswald de
Andrade.
Em
1921 casa-se com Maria, filha de um primo-irmão de seu pai.
Entre
11 e 18 de fevereiro de 1922 idealiza e organiza a Semana de Arte Moderna no
Teatro Municipal de São Paulo, cria para essa ocasião as peças promocionais do
evento: catálogo e programa.
Faz
sua primeira viagem à Europa em 1923, permanecendo em Paris até 1925. Freqüenta
a Academia Ranson. Expõe em diversas cidades: Londres, Berlim, Bruxelas,
Amsterdan e Paris. Conhece Picasso, Léger, Matisse, Eric Satie, Jean Cocteau e
outros intelectuais franceses.
Retorna
ao Brasil em 1926 e ingressa no Partido Comunista.
Segue
fazendo ilustrações. Faz nova viagem a Paris e cria os painéis de decoração do
Teatro João Caetano no Rio de Janeiro.
Os anos 30 encontram um Di Cavalcanti
imerso em dúvidas quanto a sua liberdade como homem, artista e dogmas
partidários.
Inicia suas participações em exposições
coletivas, salões nacionais e internacionais como a International Art Center em Nova Iorque.
Em 1932, funda em São Paulo , com Flávio de
Carvalho, Antonio Gomide e Carlos Prado, o Clube dos Artistas Modernos.
Sofre sua primeira prisão em 1932 durante
a Revolução Paulista.
Casa-se com a pintora Noêmia
Mourão.
Publica o álbum A Realidade Brasileira,
série de doze desenhos satirizando o militarismo da época.
Em Paris, em 1938, trabalha na rádio
Diffusion Française nas emissões Paris Mondial.
Viaja ao Recife e Lisboa onde expõe no
salão “O Século” quando retorna é preso novamente no Rio de Janeiro.
Em 1936 esconde-se na Ilha de Paquetá e é
preso com Noêmia.
Libertado por amigos, seguem para Paris,
lá permanecendo até 1940.
Em 1937 recebe medalha de ouro com a
decoração do Pavilhão da Companhia Franco-Brasileira, na Exposição de Arte
Técnica, em Paris.
Com a iminência da Segunda Guerra deixa
Paris.
Retorna ao Brasil, fixando-se em São Paulo.
Um lote de mais de quarenta obras
despachadas da Europa não chegam ao destino, extraviam-se.
Passa a combater abertamente o
abstracionismo através de conferências e artigos.
Viaja para o Uruguai e Argentina, expondo
em Buenos Aires.
Conhece Zuília, que se torna uma de suas
modelos preferidas.
Em 1946 retorna à Paris em busca dos
quadros desaparecidos, nesse mesmo ano expõe no Rio de Janeiro, na Associação
Brasileira de Imprensa.
Ilustra livros de Vinícius de Morais,
Álvares de Azevedo e Jorge Amado. Em 1947 entra em crise com Noêmia Mourão -
"uma personalidade que se basta, uma artista, e de temperamento muito
complicado...".
Participa com Anita Malfatti e Lasar
Segall do júri de premiação de pintura do Grupo dos 19. Segue criticando o
abstracionismo.
Expõe na Cidade do México em 1949.
É convidado e participa da I Bienal de
São Paulo, 1951.
Faz uma doação generosa ao Museu de Arte
Moderna de São Paulo, constituída de mais de quinhentos desenhos.
Beryl passa a ser sua companheira.
Nega-se a participar da Bienal de
Veneza.
Recebe a láurea de melhor pintor nacional
na II Bienal de São Paulo, prêmio dividido com Alfredo Volpi.
Em 1954 o MAM, Rio de Janeiro, realiza
exposição retrospectivas de seus trabalhos.
Faz novas exposições na Bacia do Prata,
retornando à Montevidéu e Buenos Aires. Publica Viagem de minha vida.
1956 é o ano de sua participação na
Bienal de Veneza e recebe o I Prêmio da Mostra Internacional de Arte Sacra de
Trieste.
Adota Elizabeth, filha de Beryl.
Seus trabalhos fazem parte de exposição
itinerante por países europeus. Recebe proposta de Oscar Niemayer para a
criação de imagens para tapeçaria a ser instalada no Palácio da Alvorada também
pinta as estações para a Via-sacra da catedral de Brasília.
Década de 60
Ganha Sala Especial na Bienal Interamericana
do México, recebendo Medalha de Ouro.
Torna-se artista exclusivo da Petite
Galerie, Rio de Janeiro.
Viagem a Paris e Moscou.
Participa da Exposição de Maio, em Paris,
com a tela TEMPESTADE. Participa com Sala Especial na VII Bienal de São Paulo.
Recebe indicação do presidente João
Goulart para ser adido cultural na França, embarca para Paris e não assume por
causa do golpe de 1964. Vive em Paris com IVETE BAHIA ROCHA, apelidada de
Divina. Lança novo livro, Reminiscências líricas de um perfeito carioca e
desenha JÓIAS para Lucien Joaillier.
Em 1966 seus trabalhos desaparecidos no
início da decáda de 40 são localizados nos porões da Embaixada brasileira.
Candidata-se a uma vaga na Academia
Brasileira de Letras, mas não se elege.
Seu cinquentenário artístico é
comemorado.
Década de 70
A modelo MARINA MONTIN é a musa da década.
Em 1971 o Museu de Arte Moderna de São
Paulo organiza retrospectiva de sua obra e recebe prêmio da Associação
Brasileira de Críticos de Arte. Comemora seus 75 anos no Rio de Janeiro, em seu
apartamento do Catete.
A Universidade Federal da Bahia
outorga-lhe o título de Doutor Honoris Causa.
Faz exposição de obras recentes na Bolsa
de Arte e sua pintura Cinco Moças de Guaratinguetá é reproduzido em selo.
Falece no Rio de Janeiro em 26 de Outubro
de 1976.